Wagner nunca mais terá uma Policia! Por Andre de Jesus.

06/02/2012

O Governador Jaques Wagner cometeu vários erros na condução dessa greve da PM. O primeiro foi bem antes da deflagração do movimento. Todos do governo já sabiam que a PM estava organizando um movimento grevista, mas o Governador, movido pelo sentimento de revolução do passado, preferiu viajar para a Cuba na companhia da Presidente Dilma. No dia em que a Greve foi oficializada, ele estava em Havana, com certeza, degustando um bom charuto na companhia de Fidel Castro. O segundo erro do Governador foi cometido quando voltou ao Brasil/Bahia e, ao invés de negociar com os grevistas, partiu para o enfrentamento por confiança no staff da Presidência da República (Ministério da Justiça através do Exercito e da Força Nacional). Agiu com arrogância, insuflou o movimento através da mídia, taxou os policiais de criminosos, disse que não negociaria e que iria partir para o tudo ou nada, pelo visto ficou no nada mesmo... O terceiro erro foi ter decidido invadir a Assembleia Legislativa da Bahia (local onde os policiais grevistas estão amotinados) e depois, recuado. Aqui vale aquele velho dito popular: “...não assanhe a cobra se não for matá-la”. O fato é que o movimento ficou mais forte e, a cada dia enfraquece o poder político e de autoridade do Governador. Jaques Wagner pediu ao povo que fosse às ruas, forçando uma normalidade da ordem pública inexistente. As escolas não abrem; o comércio não funciona com a sua força total e, nem mesmo, as baianas do acarajé estão confiando nas ruas... O Prejuízo já ultrapassa os R$ 400 milhões. A Policia em greve agiu, diante da ameaça do Governador, de forma contundente, aliás contundência que faltou a Wagner e aos seus liderados na condução desse problema. Os PMs não cederam às ameaças de invasão do exercito, até porque, se assim o fizessem, não poderiam mais exercer sua autoridade sobre a população. De tudo isso duas certezas: a primeira, que o Governado Wagner vai ter que sentar e negociar sob pena de prejudicar outros governadores do Brasil, já que Policias de outros estados sinalizam uma possibilidade de greve, inspirados pelo movimento baiano. A segunda certeza é que, seja qual for o resultado dessa greve, o Governo Wagner não terá mais uma policia, e, por consequência, nós, cidadãos baianos, assistiremos ao número de homicídios e roubos aumentarem a cada dia. Vamos esperar a próxima eleição, em 2014, para que seja eleito um novo governante, e, que este consiga estabelecer uma nova relação com a PM. André de Jesus Pedagogo, especialista em Gestão de IES (Instituição de Ensino Superior).