Mulher que participava da Pastoral Carcerária de Jequié foi uma das detidas.
01/12/2011
Uma mulher que participava da Pastoral Carcerária de Jequié foi presa com o companheiro e os filhos dele, acusados de tentativa de roubo e sequestro da família do subgerente da agência do Banco do Brasil de Ubatã, a 374 km de Salvador, na noite da última segunda-feira. O coordenador do grupo Avançado de Repressão a Crimes Contra Instituições Financeiras (Garcif), delegado Adailton Adan, apresentou a quadrilha no final da tarde de ontem, no auditório da Polícia Civil, na Piedade, apontando Carlos Alberto de Souza Pauferro, 49 anos, antigo conhecido da Polícia, como o líder do grupo.
Há pelo menos três meses a quadrilha vem sendo investigada como informou o coordenador da 1ª Coordenação de Polícia do Interior (Coorpin), de Feira de Santana, Ricardo Esteves Brito da Costa. Segundo Brito, a quadrilha teria agindo da mesma forma, nas cidades de Baixa Grande e Belmonte. “Sempre fazem refém membros da família do gerente para conseguir o dinheiro”, pontuou.
Sobre a ligação da tentativa de assalto em Ubatã e Pauferro, o delegado Adan informou que a família do subgerente conseguiu identificá-lo através de fotografias. Carlos Alberto de Souza Pauferro, o “Pauferro”, 49 anos; a atual mulher Gilvanete Silva Soares, 47 anos; e os filhos dele, Carlos Alberto e Rodrigo Pauferro, 25 e 27 anos, respectivamente, foram presos no bairro de Jequiezinho. Uma pistola 9 mm, outra dois canos calibre 12, um revólver calibre 38, ferramentas para arrombamento de caixas eletrônicos e luvas foram encontrados com eles. Há informações que outros dois homens estariam foragidos.
A participação de Gilvanete Soares está sendo investigada. Segundo Adan, ela pertencia ao grupo da Pastoral Carcerária e numa das visitas ao presídio de Jequié, onde Pauferro estava, houve a aproximação. Há seis meses, quando deixou a prisão, eles assumiram o relacionamento e foram morar juntos. Todos foram autuados em flagrante por sequestro, extorsão e formação de quadrilha.
O Garcif, que tem bases em Juazeiro, Itabuna, Vitória da Conquista, Itaberaba, Barreira e Feira de Santana, conseguiu desarticular somente este ano 29 quadrilhas, promovendo a prisão de 123 pessoas. Segundo Adan, estão contabilizadas pelo grupo 116 investidas criminosas, sendo desse total 38 frustradas. “O grupo tem a missão de prevenir e reprimir os roubos a bancos, a partir da identificação de quadrilhas e suas área de atuação”, como esclareceu Adan.
Fonte: Tribuna da Bahia