Waly Salomão, jequieense, da cultura brasileira.
05/09/2011
Waly Dias Salomão, cidadão jequieense, cuja genialidade veio a ser reconhecida por todo Brasil. Nascido do dia 3 de setembro de 1943 completaria 68 anos no último sábado. Sua arte e vida memorável foram relembradas pelos amantes da arte, ou melhor, jamais esquecida. Poeta e multiartista, integrante do movimento tropicalista, Waly compôs e teve suas canções imortalizadas por vozes renomadas, como Luiz Melodia, Gal Costa, Caetano Veloso, Maria Betânia e Adriana Calcanhoto. Em parceria com Jards Macalé foi letrista a música Vapor Barato, talvez sua obra mais popular, imortalizada na voz de Falcão do grupo O Rappa. Também dirigiu Cássia Eller em dois trabalhos lançados em 97 e 98, além de ter escrito livros de grande relevância à cultura brasileira como é o caso de Algaravias, livro de poesia que veio a receber o prêmio Jabuti de literatura.
A questão é: um homem com tanto valor para o mundo ter tão pouco reconhecimento em seu próprio berço. A data foi marcada em Jequié com uma ligeira discrição. Houve no sábado uma reunião no Museu Regional, promovida pela Academia de Letras de Jequié, evento de acesso a poucos, cujo intuito maior foi a palestra promovida pelo Neto de Jorge Amado, que falou sobre as obras do seu avô, ao tempo que doou objetos, para exposição no Museu. Nessa mesma reunião Mauricio Bastos homenageou Waly Salomão com um recital de poesia.
No intuito de conquistar o mundo, o homem é esquecido por sua própria tribo. Esse é o cenário que parece marcar esta data de tão grande importância para nossa cultura em Jequié.
Emily Moy