Servidores federais ameaçam “parar o país” com a greve. Por Wilson Novaes.
04/07/2012
Sem abertura para diálogo por parte do governo, a greve dos servidores federais que atinge todos os estados brasileiros continua crescendo e ameaça parar o país. Na avaliação dos líderes do movimento [reportagem publicada no Jornal do Brasil], até o momento cerca de 300 mil servidores de diferentes categorias aderiram a paralisação. Na educação, a mobilização dos professores já interrompe as aulas em 95% das instituições federais de ensino. Ao mesmo tempo em que a mobilização aumenta, o governo não dá sinal de negociar. No único encontro dos líderes do movimento com representantes do governo, 12 de junho, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, pediu uma “trégua” de 20 dias na paralisação dos docentes. Ele prometeu que na terça-feira (3) “se reuniria para chegar a um acordo sobre a questão da carreira”. Tanto a trégua como a reunião não aconteceram. Diante da falta de negociação por parte do governo, são renovadas as ameaças de parar todo o funcionalismo do país. Os professores federais reivindicam principalmente a reestruturação da carreira com a incorporação de gratificações, variação de 5% entre níveis, a partir do piso que corresponde ao salário mínimo do DIEESE para regime de 20h (R$2.329,35. As demais categorias de servidores têm reivindicações diferentes, mas em comum pedem aumento do piso salarial em 22,8%, com correções desde 2007.
Greve no IFBA – Trabalhadores do campus de Jequié, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA, aderiram no último dia 20, à greve deflagrada em várias unidades da instituição no país. A greve local atinge 40 servidores e deixa sem aulas cerca de 450 alunos. Para o próximo dia 11, está sendo programada com as participações de representações do IFBA de várias cidades da Bahia, uma aula pública na Câmara de Vereadores de Jequié seguida de um ato público na Praça Rui Barbosa.
Blog Jequié Reporter – Wilson Novaes Júnior