Raimundo Meira Magalhães, precursor do resgate da memória de Jequié, nos deixa, e no firmamento o seu brilho reluz. Clique para saber mais.
28/12/2019
Raymundo Ernesto Meira Magalhães fez da sua vida, uma alegria contagiante. Desde menino, ele tinha uma enorme capacidade de fazer amizades tanto na vizinhança, quanto nas escolas e colégios em que estudava. Os velhos amigos e colegas de Raymundo têm sempre uma história engraçada para contar sobre alguma peripécia que ele aprontava.
Muito eloquente e extrovertido, em qualquer festa ou reunião em que se fazia presente, tinha sempre uma piada ou um caso real interessante que ele contava, na sua maneira original de se exprimir, levando uma pasta recheada de objetos de madeira ou plástico que serviam de complementos humorísticos para suas brincadeiras. Nos carnavais, Raymundo se fantasiava de personagens históricos ou cinematográficos, como numa caricatura viva de Hitler, inspirado no Grande Ditador de Charles Chaplin, ou o Tarzan magrinho, e ainda o Superbanana, criado por ele mesmo, tendo minha participação nas maquiagens e desenhos dessas indumentárias.
Raymundo foi, para os filhos, netos e sobrinhos, o pai, avô e tio ideal para todos eles. Aos domingos, levava a meninada toda para passear, brincar em parques, tomar banho de piscinas, além das brincadeiras em casa, que a garotada adorava.
Nos últimos quarenta anos de sua vida dinâmica no meio jornalístico e cultural da cidade, Raymundo se dedicou à fundação da ASSAM, para viabilizar a criação do Museu Histórico de Jequié, obra que é inegavelmente, de enorme importância para a história e a cultura de nossa cidade.
Raymundo Meira aos setenta e sete anos de idade, nos surpreendeu, ao partir em plena manhã deste Natal, 25 de dezembro de 2019 a caminho de um lugar onde os sonhos não morrem. Descanse em paz, querido irmão!
Fonte: Blog do Charles Meira