JN: Como é voltar a Cidade Sol? Zéu Britto: É fundamental, já estava com saudades mesmo, fazer show em Jequié é como estar na sala de casa com a família e amigos, tem coisa melhor? E esse show é mais maduro, tem poemas essenciais inéditos para o público, acho que meu povo vai gostar, espero todo mundo lá dia 19 de dezembro... (No Centro de Cultura ACM, com a horário ainda a definir). JN: O governo municipal vem nesses últimos tempos pouco investindo na cultura da cidade. Você – sendo umas das principais referências culturais de Jequié – o que tem a falar para esses governantes? Zéu Britto: Acho lamentável... Ainda não acredito que em Jequié não tem um cinema tecnicamente eficaz, não tem incentivos, não tem festivais de teatro, música, cinema, literatura... Enfim, que bom que os artistas gostam de nossa cidade e se apresentam por conta própria, mas isso é como um parto, requer tempo, muito carinho e amor e a população acaba esperando demais pra se deleitar. Quer deixar o povo feliz? É simples, dê arte a eles, arte de qualidade e de graça, é a única forma de fomentar cultura e agregar valor intelectual, vamos agregar!!! JN: No que você vem trabalhando ultimamente? Zéu Britto: Estou entusiasmado como ator na peça de teatro "Não Vamos Pagar!" do Dario Fo. É um grande elenco, corremos o interior de São Paulo e agora estamos lotando o CCBB no Rio de Janeiro de quinta a segunda, é uma alegria e satisfação viver o teatro com sucesso, é uma arte complexa, ao vivo, artesanal e requer muita dedicação... E estou toda quarta com um show novo chamado "TOBOGÃ" com o pianista Fernando Guilhon e direção de Inez Viana – maravilhosa - em cartaz no meu bar "Armazém Cultural São Joaquim" em Santa Teresa-RJ, e em breve vou trazer pra Jequié. JN: Qual o seu maior sonho? Zéu Britto: Meu maior sonho é poder no futuro próximo vir mais a Jequié, curtir mais minha família sem abrir mão dos trabalhos e obrigações e fazer cada vez mais o que gosto com saúde e inteligência. Com certeza São José tá me reservando essa alegria... (risos).