Programa lançado para atender 13 mil pessoas no estado.
15/08/2016
A fila com 18 mil pacientes que aguardam por cirurgias na Bahia vai começar a diminuir a partir do próximo mês. Os que aguardam por cirurgias de vesícula, câncer de próstata, hérnia, útero, miomas e câncer de mama - as chamadas cirurgias eletivas - devem iniciar a fase pré-operatória no dia 2 de setembro.
As cidades de Ilhéus e Ipiaú, no Sul do estado, e Jequié e Jaguaquara, no Centro-Sul, serão as primeiras a receber o mutirão de cirurgias, promovido pela Secretaria estadual da Saúde (Sesab). Duas unidades móveis, responsáveis por realizar procedimentos preliminares, serão instaladas em uma das cidades da região. Para atender à demanda, as cirurgias serão realizadas em hospitais estaduais, municipais e filantrópicos. O investimento é de R$ 30 milhões.
Lançado na manhã desta segunda-feira (15) pelo governador Rui Costa, no Senai/Cimatec, em Piatã, o Mutirão de Cirurgias tem o objetivo de acabar com as filas de espera no estado. De acordo com o secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, as secretarias municipais de saúde são responsáveis por fazer a inclusão do paciente. "Ele deve procurar as secretarias da respectiva cidade onde mora e solicitar a inclusão do nome na Lista Única. Após essa inclusão, agilizamos o processo", disse o secretário. Ainda de acordo com Fábio, a locomoção dos pacientes no período pré-operatório é de responsabilidade da prefeitura.
O governador afirmou que as demais regiões do estado - Sudoeste, Nordeste, Norte, Oeste e Centro-Oeste - serão atendidas à medida em que incluírem os pacientes na Lista Única. "Quanto mais as cidades se envolverem com o projeto, melhor. As regiões da segunda fase, que começa em 2017, serão definidas de acordo com o maior número de inscritos", ressaltou o governador. Ele disse que a expectativa é que o programa atenda ao menos 13 mil pessoas por ano, em todas as regiões.
Passo a passo
Depois de ter o nome incluído na Lista Única, o paciente é encaminhado para a unidade móvel do mutirão, que vai estar instalada na cidade polo, local com maior estrutura hospitalar, de determinada região. As duas unidades móveis estão aptas a atender cerca de 160 pessoas por dia. Na unidade, o paciente deve comparecer com os resultados dos exames laboratoriais.
De acordo com o superintendente de atenção integral à saúde, Jassicon Queiroz, as unidades móveis devem realizar os exames preparatórios para a cirurgia. "A exemplo ultrassonografia, eletrocardiograma, além da avaliação cirúrgica e anestésica que são feitas pelo médico", disse. E completou. "Os médicos autorizam, ou não, a cirurgia a partir dos resultados dos exames", finalizou Jassicon.
Caso autorizada, a cirurgia acontece em hospitais estaduais, municipais ou unidades filantrópicas de saúde. No dia em que recebe alta, o paciente recebe um kit contendo os medicamentos necessários para o período pós operatório. "É uma estratégia inovadora e que oferece uma segurança importante para essas pessoas", afirmou Fábio Villas Boas. Cerca de 30 dias após da operação, o paciente deve comparecer à unidade de saúde em que foi realizado o procedimento para receber a alta final.
O Mutirão da Cirurgia atende prioritariamente procedimentos cirúrgicos como colecistectomia (vesícula), hérnias em geral, histerectomia (útero), miomectomia (mioma), além de prostatectomia e mastectomia, câncer de próstata e mama, respectivamente. Quem tiver dúvidas sobre o Mutirão de Cirurgias pode entrar em contato com a Sesab através do 0800 071 400 ou procurar a Secretaria Municipal de Saúde da cidade onde mora.
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