JN: No início de sua gestão - há quatro meses - fizemos uma entrevista e foram dadas como prioridades do CCJ (Conselho Comunitário de Jequié): resolução dos problemas do trânsito, da segurança, da saúde e educação, implantação em Jequié do terminal multimodal acoplado a FIOL e a reativação do Aeroporto Vicente Grilo, implantação de linhas aéreas regulares e construção do novo Aeroporto. Qual das prioridades você acha que pode estar mais próxima de ser realizada? Dickson: O Conselho Comunitário reuni dezenove das principais entidades da sociedade civil da nossa região, mesmo com a força dessa representatividade e dos mais de quarenta anos de existência, não tem o poder de executar. Nós discutimos, sugerimos, mobilizamos, articulamos, fazemos cobranças, influenciamos, buscamos ser catalisadores do desenvolvimento econômico e social do nosso município, mas quem pode realizar é o executivo (municipal, estadual ou federal) e a iniciativa privada. Estamos conseguido avançar em alguns desses temas que elegemos como prioridade. Avançamos mais na questão do transito, participamos de uma comissão juntamente com a ACIJ (Associação Comercial e Industrial de Jequié) e a Polícia Militar que está discutindo ações para melhoria do trânsito, já fizemos duas reuniões e faremos uma palestra, aberta a toda a comunidade, no dia 7 de fevereiro, no auditório CEEP Régis Pacheco (antigo IERP) que tem como tema municipalização e organização do trânsito. Fizemos também, no final de 2013, uma reunião conjunta com o Rotary Club Jequié Norte que tratou de estratégias e benefícios da implantação do multimodal acoplada a FIOL, ainda nesse mês de fevereiro será implantada uma comissão que cuidará desse tema. A comissão responsável pelo tema Aeroporto já entrou em contato com representantes do governo estadual que prometeram reformar o Vicente Grilo, assim que ele for reformado e liberado pela ANAC buscaremos as empresas aéreas para que elas implantem as linhas regulares. JN: Fazendo uma avaliação por esse período administrativo, quais são as dificuldades que você descreve como principais na sua gestão? Dickson: As maiores dificuldades se relacionam com as nossas limitações de tempo, são muitas demandas da sociedade e muitos os problemas em nosso município. JN: Qual a sua avaliação para a administração municipal atualmente? Dickson: Percebo que a Prefeita tem boas intenções, porém, apesar de estar há pouco mais de um ano no governo, pouco foi feito. Excetuando-se uma ou outra secretaria ou diretoria, as demais não atenderam a contento os anseios dos jequieenses. Tenho esperança que, o mais breve possível, as travas que estão impedindo o bom funcionamento da máquina publica municipal sejam retiradas e que a Administração municipal recupere o tempo perdido, realize as melhorias que Jequié tanto precisa e consolide as bases para o desenvolvimento social e econômico de nosso município. JN: Nos últimos dias chegou à mídia municipal que detentos do presídio de Vitória da Conquista seriam transferidos para o presídio jequieense – o que foi veemente repudiado por você. Qual é a real situação para este fato? Dickson: Alguns poucos detentos foram transferidos, mas, graças à mobilização da sociedade civil, a atuação da Defensoria Pública e da Justiça, não é mais possível a transferência de presos de Vitória da Conquista para Jequié.