Em face da pandemia provocada pelo novo Coronavírus (Covid-19), os espaços culturais, públicos e privados, foram severamente impactados, tendo em vista a impossibilidade de manterem suas programações regulares, em razão da necessidade de distanciamento social, recomendado pelas autoridades de Saúde. Assim, com o objetivo de realizar um diagnóstico mais preciso, em relação aos impactos da crise sanitária nos espaços culturais, a Prefeitura de Jequié, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, iniciou, na manhã desta segunda-feira, 6, uma agenda pública de visitas nas entidades socioculturais locais. A ação contou com as presenças do secretário de Cultura e Turismo, Alysson Andrade, e do diretor de Programas e Projetos, Astro Brayner.

A primeira entidade visitada foi a Brinquedolândia Espaço Lúdico Infantil, localizada na Rua João Goularte, número 76, no Centro da cidade. Dirigida por Virgínia Pimentel, o lugar oferecia, entre outros serviços, aulas de Balé, aluguel de figurinos temáticos, brinquedoteca e estes foram interrompidos com o advento da crise sanitária. Segundo o secretário, todas as entidades e espaços culturais serão visitados no decorrer deste mês de julho.

Nas palavras do secretário, com base em um levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, UNESCO, e pelo Conselho Internacional de Museus, 90% das instituições culturais fecharam as portas com a quarentena e quase 13% podem não reabrir, mesmo após o período de isolamento. Com a necessária recomendação para que as pessoas não saiam de casa, no sentido de evitarmos aglomerações, os teatros, cinemas, museus, casas de cultura, dentre outros espaços que, anteriormente, promoviam programações regulares, tiveram que se reinventar recorrendo às plataformas virtuais ou simplesmente paralisaram suas atividades, gerando, portanto, grande instabilidade aos trabalhadores da cultura e à sociedade de modo geral.

A agenda de visitas aos espaços culturais existentes em Jequié tem, ainda, o objetivo de socorrer os espaços culturais da maneira mais assertiva possível, a partir da constatação, in loco, das dificuldades que estão sendo enfrentadas diante dos efeitos da pandemia. A ação local de socorro público aos espaços cadastrados será possível a partir da Lei Federal de Emergência Cultural, nº 14.017, denominada Aldir Blanc, sancionada no dia 29 de junho, deste ano, que autoriza a transferência de recursos do Fundo Nacional de Cultura (FNC), aos estados e municípios.

Fonte: SECOM - Secretaria de Comunicação - segunda-feira, 6 de julho, 2020