Prédio público abandonado em pleno centro da cidade.

14/10/2011

Num período de crescente expansão Jequié constrói, acompanhando o aumento do setor de construção civil. Na iniciativa privada e pública nota-se a quantidade de canteiros de obra. Com esse movimento aumenta-se a especulação, terrenos e imóveis super valorizados. Um dos clientes que mais sente os abusos é a Prefeitura Municipal, que ao necessitar de um imóvel, loca pagando valores altíssimos pelo arrendamento, em alguns casos soma ainda os recursos gastos em reformas e infra-estrutura para o funcionamento de órgãos e repartições. Nesse cenário surge uma dúvida – Por que o Município precisa alugar imóveis? São inúmeros os prédios públicos abandonados, depreciados e em visível abandono. Um exemplo dessa situação é o prédio onde foi instalada a primeira Biblioteca Municipal de Jequié, localizado na Avenida Rio Branco, por sinal, local nobre e bem situado da cidade, próximo ao Museu. O estado de manutenção do prédio é deplorável. Totalmente esquecido. Vale ressaltar que além do valor material, por estar em terreno comercial no centro, tem também o valor histórico. A Biblioteca Newton Pinto de Araújo foi criada em 1949, e foi instalada lá, mudando apenas em 2008, para o prédio do antigo Superlar (Supermercado) que fica na mesma avenida, onde funciona até os dias atuais. Hoje a biblioteca conta com um acervo de 7500 livros aproximadamente, um número ainda baixo para tantos anos de existência. A mudança da Biblioteca foi boa, é verdade. Porém o que não acontecer é a forma como vem sendo mantido o antigo prédio, entregue aos insetos, cupins, baratas, e sabe lá o que mais. A situação é caótica. Enquanto paga-se alugueis caríssimos, deveriam zelar melhor do patrimônio que não é da Prefeitura e sim de todos os cidadãos, das gerações passadas, presentes e futuras. Por Emily Moy