O verão e a conjuntivite. Por Ivonildo Calheira.

24/11/2010

Com a proximidade do verão e os dias ensolarados, principalmente em Jequié, Cidade Sol, vemos aumentar a incidência de conjuntivite nos consultórios, em pessoas de todas as idades. Piscina, sauna, ar condicionado e poeira facilitam propagação de doença. O paciente deve estar atento aos sinais de vermelhidão ocular, aumento do lacrimejamento, sensação de areia, com ou sem secreção ocular, pois, com estes sinais, é quase certo se estar diante de mais um caso de conjuntivite. Geralmente não existe comprometimento da acuidade visual e, quando o paciente se queixa de que amanhece com os olhos grudados, é quase certa a etiologia bacteriana. Ambientes como piscinas, saunas e o próprio local de trabalho, com o ar condicionado ligado sem interrupção, facilitam a proliferação do vírus. Mas cuidados simples, como lavar as mãos e não compartilhar toalhas, podem evitar o contágio. A conjuntivite alérgica é a mais frequente no dia-a-dia do consultório, mas nesta época do ano, o tipo viral faz mais vítimas, assim como bacteriana. A causa é uma inflamação na conjuntiva, a camada mais externa do olho. Durante a primavera, o tempo mais seco e a baixa umidade do ar tornam mais frequentes às conjuntivites chamadas “primaveris”. Elas são causadas por reações alérgicas a poeira e pólen. No verão as pessoas compartilham piscinas, praias, academias e outros ambientes públicos, aumentando potencialmente o risco de manifestação das conjuntivites contagiosas. Para se prevenir a disseminação da doença é preciso evitar de qualquer maneira compartilhar objetos pessoais. Dor ocular muito intensa, febre, desconforto ao movimentar os olhos ou persistência de secreção contínua mesmo após o término da medicação podem indicar complicações. Neste caso, o médico deve ser procurado novamente. É importante não coçar e não esfregar os olhos ao enxugá-los. Para fazer a higiene, a pessoa deve usar lenço de papel. Óculos escuros e compressas frias sobre as pálpebras também ajudam a aliviar o incômodo. Se as pálpebras estiverem aderidas pela manhã, deve-se usar água filtrada ou boricada para a limpeza. O uso de soro fisiológico deve ser feito com cuidado, devido ao fato de o mesmo se contaminar com frequência. Ivonildo Calheira Médico Oftalmologista