Na condição de cidadão jequieense, parte integrante de uma sociedade que deve prezar pelo diálogo que está sempre acima das ideologias políticas ou das ações politiqueiras, pessoa que atua no campo da cultura baiana há quase quinze anos consecutivos com serviços públicos prestados à esse município, manifestamos veemente repúdio a ação infeliz da Prefeitura Municipal de Jequié, Secretaria Municipal da Cultura e Turismo com relação a forma como foram retirados os bens móveis pertencentes ao patrimônio municipal, até então, disponíveis no Centro de Cultura de Jequié, em dia útil, sem qualquer aviso prévio ao coordenador do espaço que é vinculado a Secretaria da Cultura do Estado da Bahia. No nosso modesto entendimento, a mudança da estrutura administrativa da SECUT para a Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, não necessariamente, exigiria a retirada imediata do mobiliário existente na sala da coordenação do Centro de Cultura ACM, que deveria ocorrer, somente na ocasião em que o Estado da Bahia montasse estrutura própria para atender as demandas da sociedade jequieense, bem como dos outros quinze municípios do território de identidade Médio Rio das Contas que têm Jequié como sede e, naturalmente, também utilizam o nosso centro cultural. Nos sentimos escandalizados com as imagens registradas hoje à tarde (30), e que estão todas disponíveis à sociedade, quando documentos importantes relacionados a gestão do Centro de Cultura de Jequié tiveram que ser amontoados em mesas plásticas promocionais, devido a ausência de mobiliário adequado. Não menos impactante, foi a cena melancólica presenciada pelos que estavam no local ao se depararem com a sensação de impotência submetida ao atual coordenador do espaço cultural diante da desrespeitosa invasão do seu local de trabalho para retirada do patrimônio municipal. Lembramos que a Secretaria da Cultura do Estado da Bahia, bem como todas as suas unidades vinculadas, sempre foram parceiras do município de Jequié, desmerecendo a atitude abrupta da Prefeitura Municipal de Jequié. Registramos ainda, que um pacto entre os entes federados é fator determinante para a consolidação dos Sistemas de Cultura em nosso país, e ações como a que presenciamos hoje, vão contra a qualquer possibilidade de um consórcio homogênio para o desenvolvimento da cultura local e territorial. Alysson Andrade Enfoque Cultural