A APLB-Sindicato vem, de público, posicionar-se contra a nomeação da diretora do Núcleo Territorial – NTE 22, do território Médio Rio das Contas, publicada no diário oficial de hoje, 12 de abril. Historicamente o NTE 22 tem como diretoras/es professoras/es efetivos do quadro do magistério. Lamentavelmente, este padrão não é respeitado quando é nomeada uma pessoa fora da área de Educação, enfermeira e, portanto, da área de Saúde.

A nova diretora, Polliana Leandro Oliveira, é vice-prefeita da cidade de Jequié-Ba, e sempre atuou na área médica. Não há questionamento sobre a sua competência e trabalho técnico realizados em seu campo de atuação. Vale salientar que Poliana é ex-secretária de Saúde da atual gestão. O que a categoria questiona, corretamente, é: na Educação não há profissionais da área com experiência e competência para assumir um cargo de tamanha relevância para o território?  Temos certeza que há! E defendemos que se mantenha o respeito ao fato cultural e histórico de se manter no cargo do NTE 22 pessoas da área de ensino.

No Brasil há uma luta, no âmbito da valorização profissional do Magistério, que inclui como um dos critérios a ocupação de cargos como esse por profissionais da Educação. Assim como o desempenho de um ministro federal da área é responsabilidade direta do presidente da República, a gestão das escolas ou de um Núcleo Territorial, como é o caso da Bahia, é responsabilidade do Governador. Nesse caso, interesses outros não devem se sobrepor às necessidades e aos desejos da comunidade escolar ou das/os profissionais da Educação. Por isso, em processos decisórios como este, é importante a escuta de quem dia a dia está no setor educacional.

Assim, nesses termos e forma, discordamos da nomeação e requeremos que a medida seja revista, definindo para o cargo um/a professor/a efetivo do quadro do Magistério, com experiência para tratar dos desafios da Educação e promover  a garantia de mais direitos para o nosso povo e da classe trabalhadora.

Fonte: https://aplbsindicato.org.br