Ministro César Borges inspecionará obras da Fiol. Por Wilson Novaes Jr.

22/04/2013

O Ministro dos Transportes, César Borges, acompanhado de diretores do ministério e da Valec estará na próxima sexta-feira (26/4) na Bahia, inspecionando obras e reunindo-se com dirigentes das construtoras responsáveis pela execução nos subtrechos baianos da Ferrovia de Integração Oeste-Leste. A visita faz parte da operação relâmpago montada com o propósito de destravar obras, cujo ritmo anda em “compasso de cágado”. A Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), considerada fundamental para o setor de mineração no estado, é a principal delas, “Solicitei aos órgãos do ministério, como a Valec (ferrovias) e o Dnit (estradas) para levantar todos os problemas, a fim de começar as intervenções para acelerar o que está parado”, garantiu César Borges, em entrevista à imprensa. No roteiro da visita a Bahia, está agendada a presença do ministro baiano, em Jequié, onde tem reunião prevista para o canteiro de obras da ferrovia. Autoridades locais também anunciam encontro com o Ministro para entrega de reivindicações. A Câmara de Vereadores aprovou a entrega de um documento no qual são pedidas a instalação da plataforma intermodal da ferrovia em Jequié, a instalação de um pátio de manutenção – preventivo e corretivo da Fiol e a restauração da pavimentação do anel rodoviário. Desafios para o Ministro – Três anos após o lançamento do edital de licitação (em março de 2010) e previsão de conclusão das obras para o final de 2012, a Ferrovia Oeste/Leste, Fiol, tem apenas 7% do projeto em obra, segundo cálculo da própria Valec. Está completando um ano a visita dos ministros do Planejamento, Mírian Belchior e dos Transportes Paulo Sérgio Passos e da presidência da Valec, à Jequié e ao canteiro de obra das Fiol, para tomadas de decisões que acelerassem as obras. Áquela época estimava-se o custo total para as obras em R$ 7,1 bilhões. Agora, a obra que tem previsão de gerar 15 mil empregos diretos e 50 mil indiretos, está estimada em R$ 7,37 bilhões. “Alguns trechos se encontram mais adiantados que outros. Já a parte que envolvia Caetité a Barreiras, com 485 km de extensão, teve que ser refeita em virtude de passar por áreas de cavernas. O Ibama alega que nesses trechos ainda não foi apresentado ao órgão uma solução de engenharia que atenda as restrições ambientais. Foi iniciada uma reavaliação da área e a expectativa é que até o final de maio seja entregue a licença de instalação para que seja liberada em julho as obras. Os valores atuais, segundo a Valec, foram fruto dos novos estudos e das adequações do projeto original, além dos atrasos. Se a Fiol tivesse sido entregue em 2012, dentro dos prazos anteriormente apresentados, ela custaria R$ 5,4 bilhões aos cofres públicos. Ainda no rol das muitas conturbações que cercam a Fiol, em fevereiro deste ano, a Valec suspendeu a licitação para compra de 147 mil toneladas de trilhos destinados ao trecho Ilhéus-Barreiras da Ferrovia. A decisão teve a ver com deliberação do Tribunal de Contas da União que suspendeu edital de aquisição de trilhos de outra ferrovia, a Norte Sul. A Ferrovia da Integração Oeste-Leste, que possui 1.527 km de extensão e compreende Ilhéus, na Bahia a Figueirópolis, no Tocantins, tem como expectativa promover o desenvolvimento dos estados da Bahia e Tocantins. A Ferrovia de Integração Oeste – Leste, junto com a Ferrovia Norte-Sul, vai induzir o desenvolvimento de todo o país. (Da redação e informações da jornalista Alessandra Nascimento, da Tribuna da Bahia) Blog Jequié Reporter – Wilson Novaes Júnior