Mãe, pedalada de amor.

Mãe de infinitas pedaladas incondicionais, catraca que nos fez e faz chegar para o ciclo do aro da vida. Freio seguro, direção preventiva, pedal que sustenta nossos pés, giro esplendoroso, levamos em um inquebrável quadro de carbono teu ciclo-olhar.

Mãe, você é uma câmara que resiste e nos inspira a resistir aos espinhos e furos que acontecem ou acontecerão nas pedaladas e caminhos da vida. É pneu calibrado com ar para qualquer terreno ou panorama, como à trilha das estrelas, aquela que é visível em todo céu, onde muitas (mães que já se foram) continuam pedalando com seus sinalizadores singulares que acendem, piscam e brilham sem necessidade de recarga.

Mãe, você é híbrida, quando atropelados(as) pela pandemia, lutam sem limites pela tua vida ou pelo teu filho(a) em um leito de hospital.

Mães, vocês são muitas, pedalando com dor, saudade provocada pela queda do luto.  

Mãe, tu é barra forte, em tempo de muitos(as) desocupados(as), geladeira vazia, fome e vacina regada pela cegueira da politicagem.

Mãe, és tu com M de mobilidade, biológica ou adotiva é infinita corrente de afetos, marcha sublime, força e leveza, pedalada de aMor!

Partilhado por @dadogalvao, Movimento @cicloolhar