Nos últimos dois anos, a prática do futebol em Jequié vem ganhando força. Uma cidade com aproximadamente 160 mil habitantes, uma das líderes da região Sudoeste do Estado, é uma das poucas que há anos não tem um time na primeira divisão do campeonato Baiano de Futebol, primeira divisão, organizado pela CBF. Esta realidade tem estimulado novas iniciativas que apontam para a superação das dificuldades e a retomada deste esporte em novo patamar. PERÍODO DIFÍCIL Mesmo no período difícil, quem ainda segurou a barra para colocar Jequié em uma competição estadual foi a Liga Desportiva de Jequié, a LDJ, com a Seleção de Jequié no Intermunicipal. Porém, com poucos atletas da casa e sem recursos para manter a estrutura da Seleção de Jequié, o time quase sempre saia na primeira fase. Até quando passava de fase, nos últimos quatro anos, a direção e os jogadores, sem o suporte financeiro, demonstravam pouco fôlego para prosseguir na caminhada, apesar da parceria com o poder público municipal. Houve, também, dificuldades de gestão da LDJ, o que criou certo descrédito perante a sociedade e os atletas. A VOLTA DA ADJ Há uns três anos atrás, porém, aconteceu um momento pela reorganização da ADJ (Associação Desportiva Jequié), time profissional da cidade que ficou inativo por vários anos depois que caiu para a série B do Baianão. O grupo, liderado pelo Sr. Jorge, conseguiu negociar as pendências financeiras do clube e resolver os problemas jurídicos para a equipe retornar à competição de acesso à série A. Foi um momento de alegria para os torcedores e desportistas da cidade. No entanto, depois de três tentativas, a ADJ não conseguiu alcançar seus objetivos. A cada ano as dificuldades financeiras e administrativas emperrar o processo. Para o próximo ano, 2014, ainda não se sabe qual é o planejamento do clube, nem o que fará para não repetir os erros recentes, como atrasar salários dos jogadores em plena competição, mesmo curta. A SELEÇÃO DE JEQUIÉ Já no ano passado, 2012, com a nova direção da Liga Desportiva de Jequié, aconteceu uma novidade: a retomada do Campeonato Municipal de Futebol, no estádio Waldomiro Borges, com jogos às quintas e aos domingos. Mesmo com dois times de cidades da região, a competição foi um sucesso. Neste mesmo ano, no segundo semestre, a LDJ também colocou a Seleção de Jequié no Intermunicipal, sem muito sucesso, sobretudo devido aos poucos recursos contratar atletas e manter comissão técnica, apesar da parceria com a prefeitura, através da Secretaria de Esporte e Lazer. CAMPEONATO MUNICIPAL E O REGIONAL Nesse ano de 2013, porém, está acontecendo um salto de qualidade nas ações das gestões e na quantidade de competições. A LDJ, por exemplo, em comum acordo com a Secretaria de Esportes e imprensa desportiva, decidiu apostar no Campeonato Municipal de Futebol este ano e não participar do Intermunicipal. O argumento foi de que Jequié precisa formar uma base para disputar este campeonato amador, cada vez mais competitivo, uma espécie de terceira divisão do Baianão, tal o investimento das cidades envolvidas. Além disso, a Liga decidiu organizar a Copa Regional de Futebol Amador no estádio Waldomiro Borges, com a participação da Seleção de Jequié e as das seleções de sete cidades da região, como Manoel Vitorino, a partir deste mês de novembro. FUTEBOL DE BASE Paralelamente, a Secretaria de Esportes e Lazer está realizado o Campeonato Municipal de Futebol de Base 2013, com a participação de quase 800 jovem de três categorias, do sub-13 ao sub-17, com jogos acontecendo às quintas – na preliminar do Campeonato Municipal de Futebol -, aos sábados e aos domingos, no estádio Waldomiro Borges. O NOVO MOMENTO Portanto, Jequié vive um momento de efervescência na prática do futebol, já com a revelação de vários atletas amadores que podem servir à ADJ no futuro e também à Seleção de Jequié e outros clubes. As emissoras de rádio das cidades e as mídias eletrônicas têm dado grande visibilidade a essas competições. Faltam, agora, os torcedores voltarem ao estádio em maior número e os empresários apostarem no futebol do município através dos patrocínios, algo importante para todos. Por Gidasio Silva, do Gicult. Foto: Gidasio Silva.