Jequié: Cultura na cesta básica da penúria. Por Alysson Andrade.
07/02/2011
Há dois anos e alguma coisa, não faltam críticas à gestão do executivo municipal.
Temos alguns motivos para não dá crédito a uma recuperação repentina da gestão municipal, especialmente a destinada às artes e à cultura, pelo menos na minha ótica. Exemplo disso é a banalidade a que condenaram o Centro de Cultura de Jequié, espaço do qual a prefeitura veio à público isentar-se de qualquer responsabilidade para com a sua manutenção.
O prefeito Luiz Amaral, que outrora esteve em situação mais confortável na política, atualmente configura-se como o cruel traidor da boa-fé dos seus eleitores. Se tem pretensões à reeleição, ainda não deve ser sabedor de que o povo não pode mais confiar em quem abandonou o cais por certo tempo, e novamente retorna chamando o lugar de meu porto seguro.
O primeiro projeto para o governo de Amaral, no campo da Cultura, diante da grande notabilidade que o ex-secretário da pasta vinha atraindo espontaneamente, foi abortado de forma repentina para atender solicitações mais íntimas, digamos assim. Confuso e volátil, o rumo da Secretaria da Cultura e Turismo do município de Jequié, a ser sentenciado nas próximas semanas pelo prefeito Luiz Amaral, diante da pressão por providências para o setor, emanada pela legitimidade do Conselho Municipal de Cultura, não me parece ser a grande prioridade do gestor. O motivo? Talvez seja porque Cultura estimula a visão crítica. Lançar o setor na cesta básica da penúria garantiria cumprir um resto de reinado com maior tranquilidade.
É certo que em dado momento, o novo naturalmente removerá o mofo. Com suas atitudes persuadidas, Amaral está apagando inclusive a sua história, e sem história nada somos.
Alysson Andrade
Enfoque Cultural