Governo da Bahia oferece 6,5% de reajuste para PMs grevistas.
05/02/2012
O Governo do Estado da Bahia ofereceu na noite deste domingo (5) o reajuste de 6,5% a partir do dia 01 de janeiro, informou o secretário de comunicação do Governo, Robson Almeida. Ele disse ainda, que não irá oferecer anistia aos presos e que mesmo assim, o governo está aberto a negociações com PMs grevistas desde que eles deixem a Assembleia Legislativa da Bahia.
O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, se pronunciou por volta das 17h30 deste domingo (5), no Quartel do Exército, localizado na Mouraria, em Salvador. Dirigindo-se ao comandante das forças de segurança na Bahia, coronel Judias, Nilo solicitou providência para desocupação da Assembleia Legislativa o mais rápido possível. Os policiais militares grevistas estão acampados no local há seis dias.
Os policiais grevistas estão acampados na Assembleia desde terça-feira (31). Muitos trouxeram as mulheres e os filhos, e estão acampados em salas e corredores. Os PMs reivindicam o aumento de uma gratificação e anistia para quem aderiu ao movimento.
"Os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade. A Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça", disse Nilo.
O discurso do presidente legislativo foi rápido e ele não chegou a sentar. Ninguém do Exército comentou qual será a estratégia. Depois do comunicado, por volta das 18h, general G. Dias convocou reunião com outros comandantes, da Polícia Federal, Aeronáutica, Força Nacional, entre outros, para avaliar o pedido.
Pouco antes das 17h30, dois helicópteros realizaram voo baixo na Assembleia Legislativa para observar e intimidar os servidores grevistas. No local estão os policiais, muitos acompanhados de esposas, filhos e outros parentes.
Com a chegada dos helicópteros, os líderes do movimento pediram, através de carro de som, que os policiais se concentrassem na rampa principal, situada na área externa e que dá acesso à Assembleia.
Dois tanques do Exército chegou ao antigo Quartel, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), pouco antes das 18h. De acordo com o governo, eles estão monitorando a situação.
Fonte: G1