Gicult: Jequié: nos 100 dias de governo, prefeita Tânia Britto fica mais fragilizada na Câmara.
10/04/2013
Como o critério da verdade é a prática, pelos últimos acontecimentos na Câmara de Vereadores de Jequié, com os 8 vereadores da base da prefeita Tânia Britto (PP) formando um bloco chamado Jequié e tendo postura independente, o perfil político do Legislativo mudou bastante a partir da mês de março.
Essa mudança está sendo liderada pelos novos edis, como o Soldado Gilvan (PTdoB), Chico de Alfredo (PDT), Neto da Água Já (PRP), que dizem apoiar o governo, mas cobram abertamente na tribuna da Câmara um melhor desempenho do governo municipal. Constantemente, eles cobram soluções para os problemas da educação, infraestrutura e outros. Além deles, se associam os edis do PT José Wanderley e Pé Roxo – este último não faz parte do bloco.
Diante dessa realidade, o vereador Deyvison Batista (PT), líder do governo na Casa de Leis, ao invés de defender o Executivo das cobranças e críticas da oposição – que formou um bloco denominado Independente - Tinho - PV, Joaquim Caires (PMDB) e Ivan do Leite, PSB – precisa também se justificar perante os governistas, que dizem abertamente que não aceitarão diretrizes e ações do governo que não favoreça a população. De ampla maioria, até eleição do vereador José Simões (PP) para a presidência da Câmara, o governo na prática está em minoria.
Um grande exemplo dessa erosão da perda de apoio da prefeita foi a demissão de vários cargos comissionados da Câmara, nomeados pelo ex-presidente Simões, após acordo com a base e aval das forças políticas que comandam o governo municipal, mas que não ficaram de pé depois que o vereador Josué Menezes (PSDC) assumiu a presidência do Legislativo, após o afastamento Simões, por decisão do MPE. Na sessão de ontem, terça-feira (9), o vereador Wanderley elogiou a decisão de Josué e disse que ele conta com o apoio de 12 edis. Pelos pronunciamentos anteriores, eles são do bloco Jequié e os Independentes.
Em 100 dias de governo, ao invés de consolidar o apoio no Legislativo, a prefeita Tânia vê a erosão de sua base de apoio na Câmara e até cobrança para que ela assuma as rédeas do governo.
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