Emily Moy, "Bendita és tu" neste universo masculino. Clique e saiba mais.
10/09/2021
Durante algum tempo eu era a única ou uma das poucas no tatame. Hoje já existem turmas femininas.
Comecei nas lutas no início da década de 90 do século passado, influenciada por Daniel San de Karatê Kid, Jaspion, Changemans... meus pais matricularam meu irmão e eu no Karatê. Minha mãe escolhia as melhores presilhas pra prender o meu cabelo e não atrapalhar a visão na hora do treino, sem contar o kimono sempre branquinho e cheirosinho numa época que a gente não tinha máquina de lavar em casa, meu pai chegou a se matricular e treinar com a gente tbm. Esse incentivo foi importante pra que eu me sentisse segura e apoiada. E eu pude gostar de uma coisa que não era comum, mas eu podia fazer, é saudável. Daí, me aventurei no judô, Boxe, Muaythai e jiu-jitsu, fiz até umas aulinhas de capoeira. Encontrar tatames e parceiros de treino que me acolham e respeitem tem sido importante pra minha evolução em cada modalidade que eu resolvo me aventurar. Não sou atleta de elite, e as vezes me acho velha pra encarar competições, mas eu sei que eu tenho um tanto a contribuir, a evoluir. Pra ficar melhor, Deus coloca em meu caminho Darlan Dragão pioneiro no MMA em Jequié, o melhor que eu podia ter pra minha evolução com as lutas. Espero que mulheres, crianças, idosos, portadores de necessidades especiais, qualquer pessoa que queira possa ter acesso a prática de esportes.
Gratidão a meus pais por mostrarem que era possível, mesmo não sendo o comum na época, meu esposo por me mostrar que eu posso mais, e a todos os Mestres, Senseis e professores, que me acolheram e me conduziram nessa jornada tão legal!
Emily Moy - Setembro/2021