Em tempo da pandemia do Covid19, jequieenses transmitem mensagens de esperança.

05/04/2020

Déa Almeida (Assistente Educacional): São muitos os tumultos e percalços da vida. Este ciclo covid19, do qual não sabemos o dia de amanhã, requer que nunca percamos a esperança. Que diariamente tenhamos também coragem e sabedoria para aprender a lidar com esse isolamento social, com seus obstáculos e por mais difícil que seja essa jornada hoje, alguém acima de nós trabalha para que tudo dê certo. E vai dá tudo certo!!! Fé todo dia, FÉ... Vai passar!

 

Dra.Tâmara Ferraro (Médica Otorrino): Neste momento difícil que o mundo está passando devido a epidemia do coronavírus é importante se proteger e manter a fé de que tudo passará em breve.

Se todos fizerem sua parte ficando em casa e protegendo a si mesmo e ao próximo mais rapidamente esta epidemia será controlada e a vida voltará ao normal. Sabemos que não é fácil mudar de rotina de maneira tão rápida e por um período de tempo ainda incerto. Mas, na maioria dos estados do Brasil as medidas de distanciamento social foram tomadas a tempo, evitando assim uma maior disseminação do vírus.

Aproveite esse período para refletir, descansar, colocar a leitura em dia e orar. A fé move montanhas. Fique em casa, fique seguro, fique bem. Do lado de fora, os médicos e demais profissionais de saúde estão cuidando dos doentes. Conte sempre conosco.

 

Nucha Prisco Gusmão (Psicopedagoga Clínica): Muitos se quedam perplexos diante de uma tragédia sem precedentes que atinge toda a humanidade. Angústias e incertezas tomam conta dos corações de todos os seres humanos!

No entanto, deixo aqui uma reflexão: já não estávamos vivendo verdadeiras tragédias em uma sociedade que valorizava a posse e o poder? Onde a vida humana sempre foi tão desvalorizada? A fome, a violência e as doenças não estiveram sempre presentes?

Portanto, avalio esse momento como uma grande oportunidade de aprendizagem de novas formas de agir e de pensar! Estamos sendo chamados por Deus, pelo Universo para aprendermos o valor das coletividades, da solidariedade e do amor ao próximo! Agradeçamos por esse momento e procuremos vibrar na confiança, na aceitação e na esperança de que depois de tudo isso renascerá um mundo mais humano é mais justo!

Se chegamos ao ponto de mudar toda a nossa realidade eu não sei, mas não tenho dúvida que o que vivenciamos hoje é um convite à mudança absoluta, de uma economia que explora os mais fracos e destrói a natureza para uma economia colaborativa e sustentável, de um consumo fútil para um consumo responsável, do individualismo para o coletivo, a solidariedade e a cooperação, do julgamento para a compreensão e o amor, da exclusão para o acolhimento! Que possamos nos alegrar, então! Tudo há de ser muito melhor depois dessa provação coletiva! Que as perdas sejam lições de amor!

 

Pe. Thiago Teixeira Pereira (Paróquia Sagrado Coração de Jesus): Quando a esperança vem nos visitar... Em tempos do - tão necessário distanciamento social - somos convidados a ressignificar espaços, atitudes, contatos. Somos ainda convidados a “enxergar” o que antes não conseguíamos ver. É que o isolar-se, o estar de quarentena e o distanciar-se, tornam-nos muito mais sensíveis. Então, tudo fica aguçado, intenso, desvelado, tudo fica à flor da pele.

No tempo de criança, acreditava na minha ingenuidade que quando um “tettigoniidae” vinha visitar-me algo de bom iria acontecer. Essa crença deixei lá no passado porque julgava ser infantil demais. Mas, é que numa dessas madrugadas já nos tempos de pandemia enquanto degustava um livro um “tettigoniidae” me veio visitar. Por alguns instantes voltei a ser criança. Passada a nostalgia, acreditei que essa “visita” poderia ser enxergada por mim com outros olhos. Sou cônscio de que esse pensamento seja mera crendice, mas também sou cônscio de que coisas tão simples e naturais como o pouso de um inseto em minha casa poderiam convidar-me a uma atitude contemplativa e reflexiva. Foi o que fiz... Refleti. Intuí que neste momento tão singular e complexo não podemos perder a esperança. Que aprendamos a viver a continuidade sem o peso da rotina percebendo a importância das coisas simples e triviais antes imperceptíveis face à correria. Que saibamos colher bons frutos desta experiência e assim crescer como pessoa que somos.

Desejo aos leitores deste texto que a esperança nos venha visitar através de um fato, de um feito, de um escrito - ainda que virtual - ou mesmo em forma de gente. O “tettigoniidae” me visitou. E vejam, o nome vulgar deste inseto é o que no momento mais precisamos: Esperança!

 

Neubera Kundera (Psicólogo e Músico): Parafraseando minha canção Aprendendo a Voar, digo: "Hoje você é refém de si mesmo. Preso dentro de casa, sem fazer nada. Não abriu sua cabeça pro mundo, enxergue agora as sua asas".  Momento de reflexão e mudança. A natureza clama pela ressignificação das nossas ações. O caos virou palavra de ordem, esperando a ressaca dessa nova onda porvir.

Aproveite essa oportunidade para criar uma nova versão de si mesmo. Um pai, filho, amigo, um mundo melhor. Essa pausa nos proporciona ser humano "novamente/nova mente".

 

Arthur Pires (Produtor de Eventos Culturais): É com verdadeiro entusiasmo que vejo o povo brasileiro na sua maioria levantar-se certos de que há um inimigo comum às portas: o coronavírus. E que esse inimigo precisa ser destruído ou seremos muitos devorados. A atitude do Brasil alegra-me porque demonstra a muitos que não somos só carnaval e futebol. São nervos e músculos e nunca nos deixaremos abater pela brutalidade do vírus. Neste momento somos muito mais fortes separados para o mais breve possível podermos nos dar um abraço.

É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte.