E os anjos, de onde vieram?

12/05/2007

Mãe, sinônimo de... Não. Poderia começar a escrever algo do tipo para as queridas mães, mas aí vieram à cabeça algumas dúvidas cruéis. Como surgiu o nome. É, Mãe. Porque não azul, cadeira, mas sim Mãe? E porque instituir uma data? Descobri então que Mãe veio de Pai. Calma, caro (a) leitor (a), seria óbvio pensar nesta relação, afinal de um pai vem uma mãe, ou vice-versa. Mas consta na história que o termo Mãe, originou-se do latim Mater, por sua vez, por analogia a Pater família romana, que nada mais eram que codinomes carinhosos dados àqueles que fundavam uma instituição, ou seja, gerações e gerações de famílias que permaneciam unidas ao longo dos tempos. Do latim Mater, passando pelo espanhol Madre e a língua portuguesa tendo se solidificado, o termo virou Made. Que com o velho jeitinho brasileiro e nasalizado, ou seja, “fõen” mesmo, pelo nariz, virou Mãe. Caso como este também ocorreu com o Forró, ou For All. Mas deixemos isso de lado, afinal não sou doutora em letras. Mas mais interessantes que Mutter, em alemão; Mère, em francês; Mitir, em grego; Mat em russo; E Mu em chinês, é que a palavra Ama é semelhante à Mãe. Ama, que pode ter vindo do hebraico (a)êm ou mãe. Do aramaico Amã ou serva, ou também de outro termo do latim: Amma! Todos referentes àquelas que cuidam do lar e dos filhos. Eureca! Respondida minha pergunta... E por isso tantos textos do Dias das Mães possuem a frase Mãe, sinônimo de Amor. Mas ainda faltava outra resposta: para a data. E lá vou eu para as histórias. Nelas, fiquei sabendo que o Dia das Mães se deve a uma Americana, de nome Ana Jarvis. Ao perder sua mãe, Ana entrou em profunda depressão e para sair de tamanha tristeza, suas amigas quiseram perpetuar a lembrança da matriarca em forma de festa. Durante três anos, Ana lutou para que o dia fosse criado, para estender a tantas outras mães. Só em 1914 o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, instituiu o segundo domingo de maio como o Dia das Mães. Mas outras dúvidas restaram. Será que Ana Jarvis adivinharia que tal homenagem não seria lembrada por muitos? Será que adivinharia que mesmo com um ou com todos os dias para festejar a existência destes seres, muitas mães são mortas pelos próprios filhos, maridos, companheiros...? Que seria preciso uma data para agradecê-las com meros presentes? Pobre Ana... Se ela soubesse. Mesmo assim as mães são homenageadas. Porque acima de tudo, são humanas. São seres que doam a vida pelos outros e se este outro for um filho, doaria todas as vidas que pudessem ter. Desfazem-se dos seus prazeres, orgulhos e vaidades em troca do bem-estar de um filho. Abdicam da comida, bebida e de outros direitos para sobreviver, em troca do sorriso deste filho. Mãe que é mulher, menina, uma jovem. Com vida vale lembrar, pois para tantos, a mãe nada mais é que Dona de casa, Rainha do lar, Fila da mãe, Mãe de Santo, ou Língua Mãe. Ou estão na Casa da Mãe Joana ou até em uma Nave Mãe, afinal deve ter alguém que acredite que os ETs dão à luz e que não só a emitem. Lógico que caracterizar estes seres não é tarefa fácil, mas sei que mãe é aquela que sabe amar. Não só aquela que ama. Mas saber amar é fundamental. Porque o saber recai em aceitar as diferenças e entendê-las. Sabedoria o suficiente para entender um mundo de sentimentos e pensamentos em apenas um olhar. Ter compreensão acima de tudo. Nunca ser egoísta, afinal doar é seu lema de vida. Mas também entender que dela, o outro surgiu e que dependerá dela para sempre. Aprender a ser uma heroína da vida real, que carrega a espada da determinação, a capa da bondade, o escudo da paciência. Usa bota rasteira pra manter os pés sempre firmes no chão. Mas algumas vezes utiliza a pedra mágica da imaginação para fazer voar o mundo ao seu redor e daqueles que amam. Aquelas que não possuem as virtudes de uma guerreira-mãe continuam a abandonar seus filhos em sacolas, em algum lixo por aí. E, para os companheiros pais, atenção com os carros. Talvez só a experiência de ser mãe traga à tona todas essas qualidades. Mas por enquanto, vale a pena observá-las. Observar o amor que emana de cada palavra e de cada gesto. De cada sorriso e de cada carinho. De cada noite em claro e de cada dor sentida. De cada medo e insegurança que é abafado com um abraço de um filho ou com um simples telefonema. De cada briga para ver o bem do próximo. Da generosidade das suas mãos. Enfim, do amor de seus corações. Talvez agora pudesse formular outro termo para Mãe. Anjos. Que do latim é... Bem, aí já é outra história... Meu amor infinito à minha, a sua e a todas as mães. Eveline Mota