Dr. Cícero Duarte nos fala como minimizar as ações da osteoporose.
04/04/2007
A osteoporose é uma condição em que há perda da massa óssea, levando ao enfraquecimento ósseo e aumentando o risco de fraturas. Para entendermos melhor é importante saber que o osso é uma estrutura em constante renovação, onde há células formadoras de osso chamadas de osteoblastos e células destruidoras de ossos, chamadas de osteoclastos. Após os 30 anos, começa haver um desequilíbrio entre a atividade dessas células e começa haver maior perda óssea, o que se acentua nas mulheres no período da menopausa, que chegam a perder até 4% de massa óssea em um ano.
Há algumas doenças que podem acentuar a osteoporose e estas devem ser diagnosticadas e tratadas, como o diabetes, o hiperparatireoidismo, o hipotireodismo, doenças do colágeno, etc. Há também hábitos nocivos como tabagismo, sedentarismo e ingestão excessiva de carne que devem ser corrigidos.
Apesar de a osteoporose ser uma condição que afeta todos os indivíduos com o passar da idade, há formas de minimizá-la, e chegarmos aos 70, 80 anos ou mais, sem sofrer os seus danos que são as fraturas, muitas vezes imperceptíveis como as que afetam a coluna e o idoso começa se inclinar para frente. Devemos desde cedo adotar hábitos saudáveis como não fumar, ter uma alimentação equilibrada e fazer exercícios físicos. O exercício físico mesmo na pessoa que já perdeu boa parte da massa óssea tem um efeito “milagroso” na recuperação.
A densitometria óssea é um método que integra um feixe de raio X a um sensor ligado a um programa de computador em que podemos estimar o percentual de massa óssea perdida pelo paciente. É um exame simples e de baixo custo que deve ser feito por todas as mulheres no período da menopausa e por homens acima de 60 anos. A avaliação rotineira com a densitometria serve para avaliarmos o índice de perda de massa óssea e adotarmos medidas corretivas que irão fazer grande diferença na nossa qualidade de vida quando estivermos com a idade avançada. Temos que lutar na juventude, para não sermos velhos e sim, semi-novos.