Disputa política para eleições de Jequié. Por Gidasio Silva.

14/04/2016

A disputa política em Jequié pela prefeitura continua ainda muito indefinida. Vários nomes já foram lançados como pré-candidatos pelos partidos, mas nenhum nome aparece na corrida como franco favorito. Alianças tentam se firmar, tanto da oposição ao governo municipal – PV, PPS, DEM, PSDB, PMDB, PSC e outros - como da base governista (PP, PT, PSL), mas as ações têm ficado no campo do ensaio. Dos partidos de esquerda, o PCdoB e o PSOL também apresentaram cada um candidatura a prefeito. Do grupo político que apóia a prefeita Tânia Britto, tem se movimentado o Sr. Eduardo Barbosa, ex-secretario municipal da gestora, direcionado pelo deputado federal Roberto Britto, do PP. Como a prefeita apresenta baixa aceitação nas pesquisas, ele tenta surgir como independente. Outros nomes dos governistas já foram testados e rifados, por pouca desenvoltura. No entanto, numa demonstração de que os grupos dominantes estão com dificuldades políticas, o presidente estadual do PSL, o deputado estadual Marcelo Nilo, afirmou ontem, pela mídia, que este partido terá candidato a prefeito no município. Ao contrário do que se especulava, o nome do pré-candidato apresentado pelo parlamentar não foi o deputado Euclides Fernandes (agora no PSL), mas sim o do ex-prefeito Reinaldo Pinheiro, gestor pelo PP entre 2005 a 2008, eleito na época com o apoio do deputado Roberto Britto, em aliança com o PCdoB, e teve como vice a ex-vereadora Rita Rodrigues. Só que tem um problema, não se sabe se foi sanado: Reinaldo rompeu politicamente com Roberto Britto na metade de seu governo e se aproximou de seus opositores da disputa eleitoral na época. Euclides, vinculado politicamente à prefeita, já conseguiu a reconciliação entre os dois? Não se sabe. Com uma das maiores votações para deputado federal na história de Jequié, o deputado Antonio Brito, que se transferiu recentemente para o PSD, deu a impressão de que entraria firme na disputa majoritária em Jequié, ou seja, pela prefeitura, inclusive com ele sendo o candidato. Como já trilhou com a oposição, apesar de apoiar o governo estadual do PT, os partidos de oposição acalentaram por meses a definição do parlamentar. Em reunião recente, já com os filiados ao seu novo partido, Antonio Brito lançou alguns nomes para concorrer ao executivo, como o do empresário Yan da empresa Petyan. Este, ao contrário de seu parente, o atual vice-prefeito Sérgio da Gameleira (oposição à gestora, saiu do PT e se filiou ao PSB), nunca disputou um cargo eletivo, o que deixa a dúvida sobre seu potencial eleitoral. Ao fazer esta articulação, interlocutores de Brito, do PSD, já mandaram avisar que ele não tem compromisso com a pré-candidatura do professor Reinaldo. Antonio continuaria na oposição ao governo municipal e manteria o diálogo com a oposição local, afirmam. Toda essa dúvida do segmento político demonstra que, ao contrário do passado, o povo está mais criterioso em suas escolhas, fruto do amadurecimento político, e não mais aceita os nomes de colete indicados pelos caciques. Por isso, as articulações continuam para encontrarem a melhor composição que entusiasme e ganhe a confiança ao eleitor. Blog Gicult – Gidasio Silva