Diretor de serviços públicos da prefeitura pede demissão. Por Souza Andrade.

26/11/2013

Renê Souza, diretor de serviços públicos da prefeitura, um dos diretores mais elogiados da administração Tânia Brito/Sérgio da Gameleira, senão o único que realmente recebia muitos elogios, resolveu pedir demissão em caráter irrevogável. Para amigos, teria confidenciado que somente voltaria ao governo numa condição: se fosse nomeado secretário municipal. Aí começa uma nova novela. A prefeitura, que passa todo o tempo alegando não ter dinheiro para fazer nada e que promove demissão em massa de funcionários, inclusive deixando postos de saúde e escolas funcionamento precariamente, também por conta disso, não vai, evidentemente, criar novas despesas com a nomeação de secretário. Essa é a lógica. Além do que, se nomear Renê, a prefeita sofrerá pressão para nomear Sérgio Mehlem para a secretaria de cultura e do PT que poderá não somente exigir a nomeação do secretário de desenvolvimento econômico, como também do vice-prefeito Sérgio da Gameleira que deseja desde o começo montar o gabinete dele com cinco ou oito funcionários. Esse gabinete foi negado ao vice-prefeito sob a alegação de que a prefeitura não poderia criar novas despesas em razão da crise. Agora mesmo A Ordem dos Pastores de Jequié vem a público lamentar a falta de apoio da prefeitura para a Festa do Dia dos Evangélicos. Diante das dificuldades da prefeitura, uma pergunta já estaria respondida – dificilmente Renê vai virar secretário. Essa é uma linha de pensamento lógica, até para a prefeita se livrar da pressão de outros que estão na fila para virar secretário. MOTIVOS Para pedir para sair tem que ter um bom motivo ou vários motivos. Uma das razões alegadas por Renê Souza é a falta de autonomia. No começo o problema era dentro da secretaria de infraestrutura, mas os problemas persistiram, mesmo estando ligado a secretaria de relações institucionais, da qual a diretoria de serviços públicos passou a ser subordinada. Mas, comenta-se, que Renê estaria reclamando, novamente, de perseguição por parte de um determinado secretário que se sente o dono da prefeitura, pelo fato de ser sido indicado pelo deputado Roberto Brito e por isso teria a mania de se intrometer em tudo, inclusive nas coisas que não lhes dizem respeito. Certo é que fritaram o Renê. Chegou a determinado nível de desgaste que a essa altura a saída é a melhor alternativa, pois não é fácil conviver em um ambiente onde não existe união. Em resumo: o diretor perdeu o clima para continuar na prefeitura. Dizem até que nem a família dele quer que ele permaneça mais. Ao que parece, é mesmo fim de linha para mais um auxiliar da prefeita Tânia Brito, o que acaba por expor o ambiente conturbado na prefeitura de Jequié, onde poucos ou ninguém se entende. Souza Andrade - Blog Jequié e Região