Confira um pouco sobre a história de Jequié.
07/12/2013
O “Bar e Pastellaria Fascista”, de propriedade de Miguel Ferraro, era a melhor casa do gênero em Jequié nos anos 20 e 30, onde se reunia a melhor sociedade jequieense. Funcionava em estabelecimento térreo, situado na esquina da Avenida Alves Pereira com a Rua João Mangabeira (onde hoje está a Eletromaia). Funcionou antes da Eletromaia a “Padaria Quixadá”, de propriedade de Adhemar Bulhões. Na última porta à esquerda da foto funcionou o “London Coffee”, um ponto de encontro tradicional da cidade, de propriedade de Antônio Olavo; à sua esquerda ficava a relojoaria do Sr. Isaias Cardoso, e à direita a “Casa Medina”, do Sr. Flávio Medina.
A estrutura física e externa da construção era dotada de nove portas voltadas para a fachada (Avenida Alves Pereira), quatro portas e três janelas na lateral (Rua João Mangabeira). Toda a fachada exibia estilo eclético, com admirável platibanda rendilhada e telhado de quatro águas.
Seu proprietário era o italiano Michele Ferraro (pronuncia-se Miquele Ferraro), mais conhecido como Miguel. Exibia um farto bigode e gozava de grande prestígio, não somente entre os seus compatriotas, mas em toda a cidade de Jequié. Miguel Ferraro costumava hastear a bandeira do reino italiano na parte externa de seu bar. Figura de destaque da colônia italiana, tornou-se um dos homens mais populares de Jequié nos idos de 1930.
O “Fascista” era um dos bares mais bem organizados do interior baiano, possuindo, em seu interior, o melhor salão de jogos de toda a região. O bar proporcionava aos seus clientes, além de bebidas, um bem instalado salão de bilhares e barbearia.
Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, o descontentamento dos italianos foi geral, pois o esperado era que Getúlio Vargas apoiasse os países do “Eixo” (Alemanha, Itália e Japão) e não os “Aliados” (França, Inglaterra, entre outros). Em 1942, por ordem do governo federal, foi, então, fechado o “Bar Fascista”, e passou-se a punir toda e qualquer manifestação de apoio ao Fascismo.
Fonte: Tarbena da História
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