César Borges deixa Ministério dos Transportes após reunião com Dilma.

25/06/2014

César Borges vai deixar o Ministério dos Transportes. Nesta quarta-feira (25), a presidente Dilma Rousseff se reuniu com Borges no Palácio da Alvorada, em Brasília, onde comunicou sua decisão. Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República confirmou a mudança. "A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje mudanças no seu ministério. O Ministério dos Transportes passa a ser ocupado pelo ex-ministro Paulo Sérgio Passos. O ministro César Borges passa a ocupar a Secretaria Nacional dos Portos", diz o texto. A Secretaria dos Portos, que estava sob responsabilidade de Antônio Henrique Pinheiro Silveira, que, por sua vez, permanece na pasta como secretário executivo. A manobra de Dilma atende a uma reivindicação do PR (Partido da República), que reclamava que Borges não representava os interesses da legenda — aliada do PT no plano federal. A costura da saída de Borges e o retorno de Passos começou a ser feita ontem à noite em reunião de Dilma com o ex-presidente Lula e a equipe de campanha eleitoral. Com a troca, o PR deve decidir, após convenção partidária, apoiar o projeto de reeleição de Dilma. Com isso, a presidente deverá ganhar pouco mais de 1 minuto de propaganda partidária na televisão a que o PR tem direito. Ao mesmo tempo, com a manobra, Dilma impede que esse tempo extra vá para candidatos da oposição. Para a vaga de Borges nos Transportes, Paulo Sérgio Passos deverá reassumir o cargo, que ocupou entre julho de 2011 e abril de 2013. Na época, Passos entrou no lugar de Alfredo Nascimento, que pediu demissão por causa de denúncias de um suposto esquema de superfaturamento de obras que envolvia servidores da pasta. O senador Antônio Carlos Rodrigues (SP), secretário-geral do Partido da República (PR), informou que o partido não apresentou o nome do substituto de Borges (BA) e declarou que o PR tem interesse no Ministério dos Transportes. — O César não representa o partido e não vamos apresentar nome nenhum para o lugar dele. O PR entregou esse ministério há meses. Ela [Dilma] pode colocar quem ela quiser. O partido não vai indicar ninguém. Fonte: R7