Cantoria sobre uma cidade. Por Carlos Éden Meira.

06/01/2008

Quando Sá Bittencourt chegou aqui O que foi que ele viu? Uma terra cheia de sol, Cercada de morros verdes E uma beleza de rio... Deu-se então que o Inconfidente, Resolveu aqui ficar Comprando na hora exata, O que chamou de Borda da Mata E começou a trabalhar. Trabalho de muita labuta, Lombo de burro, carro de boi, foi muita luta, E a terra então progrediu. Transformou-se então em vila, Coisa que Sá Bittencourt não viu. A vila então foi crescendo, E sabe como é que é. Depois, muito mais tarde, Já querendo virar cidade, Transformou-se em Jequié. Eis que vindos de outras terras, Atravessando vales, rios e serras, Trazendo progresso na bagagem, Chegaram então os italianos, E não foi só de passagem. Quando foi ponta de trilho, Foi cidade de muito brilho, É o que a História nos conta. O trem, a estrada de ferro, Progresso de ponta a ponta. Hoje, aquela beleza de rio, Que um dia Sá Bittencourt viu, Anda muito mal-tratado. E o progresso da cidade, Devagar na realidade, Dá saudades do passado. Carlos Éden Meira Poeta e Caricatunista 08/05/2007