Brayner desiste de candidatura na eleição do Conselho de Cultura. Por Wilson Novaes.
19/08/2010
As nuvens andam verdadeiramente carregadas e cinzentas para os lados da Secretaria Municipal de Cultura de Jequié nos últimos meses. Para esta quinta-feira (19), 18h, na sede provisória da Secut, no Centro de Cultura, está agendada eleição para composição da diretoria executiva do Conselho Municipal de Cultura, a ser feita pelos 16 membros do colegiado, biênio 2010/2012.
Até aí tudo normal, não fosse o e-mail [recheado de insinuações] endereçado aos colegas conselheiros por Astro Brayner, justificando a desistência da sua candidatura à presidência do colegiado. Brayner é integrante da administração municipal, ocupando o cargo de diretor de Eventos. No manifesto que intitula “vontade adiada” ele justifica que o lançamento do seu nome não teria agradado a alguns setores da cultura e que isso poderia trazer dificuldades para os projetos e ações a serem desenvolvidos.
Em seguida relaciona tópicos para justificar a sua atitude: “Tendo um Conselho Forte nenhum diretor de teatro jequieense com o seu elenco passaria pela humilhação de ficar mais de um ano sem receber o que lhe é direito; a Casa da Cultura não demoraria tanto tempo para ser reformada e devolvida aos artistas; o Palácio das Artes teria condições técnicas, com luz, som e funcionários capacitados para receber espetáculos de música, dança etc, principalmente dos artistas locais; o Centro de Cultura não estaria nas condições precárias em que se encontra com a porta de madeira, sem ar refrigerado, poltronas sujas, sendo ocupado por formaturas que tanto danificam o espaço; com um Conselho de Cultura Forte não se pararia uma Secretaria durante sete meses para cuidar das festas juninas e também não se tiraria tanto do orçamento da Cultura para a referida festa”.
A quem Brayner estaria direcionando as suas queixas? Com a sua desistência duas chapas tendem a concorrer à presidência. A Chapa 1, com Júlio Fagundes e a Chapa 2, com José Luiz de Jesus (José Luiz Negão).
…retornando às nuvens carregadas e cinzentas do início do texto completaríamos dizendo que, algo estranho, muito estranho, ronda o setor.
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