Para um governo que desde o início da gestão não colocou um titular na Secretaria de Cultura e Turismo, não poderia ser tomado como surpresa a nomeação do vereador Neto da Água Já (PRP) na última segunda-feira, 21, para secretário da pasta, que interinamente estava sendo dirigida pela secretária de Desenvolvimento Social Magali Chaves. Empresário, sem identidade com o setor que hora assume a responsabilidade de comandar, Neto terá a missão de resgatar os projetos culturais, reformar os equipamentos – espaços - que estão desativados (como a Casa da Cultura), além de estabelecer um diálogo com o segmento cultural. Se seu objetivo for de fato trabalhar pela cultura, colocada em terceiro plano pela atual mandatária, o secretário Água também fará a prestação de contas do São João, o maior evento da cidade, pois o segmento artístico e até a Câmara de Vereadores têm cobrando transparência na aplicação dos recursos e eficiência na organização desta grande atividade cultural da cidade, tratada com improviso nos últimos três anos, sobretudo. Como Neto da Água foi nomeado para a Secretaria em um momento de crise política – em seu lugar assume a suplente Laninha, defensora de Tânia -, numa cooptação para a prefeita ter número no Legislativo para se salvar do impeachment, já em tramitação, não se sabe se ele terá a disposição para trabalhar de fato pela cultura e se terá o apoio interno para atender as demandas. A realidade vai demonstrar se Água foi apenas colocado para apagar o fogo político que queima a popularidade da gestora - e pode lhe tirar o mandato – ou para se inteirar das questões e levar a sério o cargo que assumiu. Blgo Gicult – Gidasio Silva.