Bahia registra morte de paciente pelo vírus H1N1

26/04/2019

Uma pessoa na Bahia morreu em função da contaminação pelo vírus Influenza A H1N1. O registro é o primeiro do ano no estado segundo informação foi divulgada em boletim pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) nesta quinta-feira (29).

A vítima - do sexo masculino -  morreu em Salvador no dia 29 de março. A Sesab não informou a idade do paciente. 

O estado tem, no total, três ocorrências de Influenza, sendo uma do tipo A H1N1 e duas por Influenza B. A Sesab não detalhou se a vítima está incluída nesses três casos.

Os dados são até a semana epidemiológica 15, que foi até o dia 13 deste mês.

No mesmo período de 2018, a Sesab havia notificado 93 casos de H1N1, com 15 mortes. Em todo ano passado, foram 31 mortes por H1N1 no estado. 

 Começou no dia 10 de abril a 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, promovida pelo Ministério da Saúde. A ação ocorre em todo o Brasil e abrange os 416 municípios da Bahia.

A campanha será dividia em duas fases. Na primeira, serão contempladas apenas crianças (de 6 meses a menores de 6 anos) e gestantes. As doses são ofertadas de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8h às 17h, em todas as unidades de saúde da rede básica (confira lista aqui). 

Já na segunda etapa, que começou no dia 22 de abril, serão aplicadas as vacinas nos demais grupos prioritários: idosos (a partir de 60 anos), puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias), trabalhadores de saúde do serviço público e privado, jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, professores, além de portadores de doenças crônicas que não são transmissíveis e outras condições clínicas especiais. 

Até o fim da campanha, que vai até o dia 31 de maio, a expectativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é que 750 mil pessoas sejam vacinadas em Salvador. Já a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) tem como meta imunizar 3,6 habitantes do estado.

De acordo com a Sesab, esse número corresponde a 90% do total do público-alvo da iniciativa, formada por mais de 4 milhões de pessoas. O Dia D ou Dia Nacional será no dia 4 de maio, um sábado, quando postos de vacinação móveis estarão em diversos locais estratégicos, como supermercados e shoppings. 

O lançamento oficial da campanha acontecerá nesta quarta (10), às 9h30, no Centro de Saúde Ramiro de Azevedo, no Campo da Pólvora (em frente ao Fórum Ruy Barbosa). Estarão presentes no evento o secretário municipal de Saúde, Luiz Galvão, e a subcoordenadora de Doenças Imunopreveníveis, Doiane Lemos.

O secretário, inclusive, alerta sobre a importância de não deixar o ato para a última hora. "Aconselhamos que os grupos que devem receber a vacina procurem o mais rápido possível um dos postos de saúde para evitar transtornos", disse Luiz Galvão.

Mitos
A vacinação contra a gripe sempre gera alguns comentários. Um dos principais é que, mesmo tomando a vacina, o paciente pode ficar gripado. Outro muito comum é que a própria vacina causa a doença.

O médico infectologista e professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Robson Reis, esclarece. “A vacina é uma vacina contra a influenza, contra a gripe, ela protege contra três tipos de vírus. Não é uma vacina somente contra a H1N1. Embora, por vezes, essa seja a mais comum e a que as pessoas mais conhecem. A vacina protege contra três tipos de vírus que causam a gripe, não todos”, explica. 

A vacina, segundo o especialista, "protege contra o H1N1, H3N2 e uma cepa de Influenza B".

A confusão, segundo o médico, acontece principalmente porque a população usa o termo gripe para outras doenças, como um resfriado.

“Muitas pessoas hoje chamam gripe qualquer sinal e sintoma que envolva coriza, tosse, congestão nasal. É importante a gente diferenciar a gripe da rinite alérgica e de um resfriado comum”, esclarece. 

O médico explica que a rinite é um processo alérgico, onde não há nenhum agente infeccioso envolvido. Já no caso dos resfriados comuns, causados por vírus diferentes do da gripe, os sintomas como dor de cabeça, no corpo e febre, apesar de bastante parecidos, são mais brandos do que na gripe.“O resfriado comum raramente cria complicações mas a gripe pode complicar e levar, por exemplo, a uma pneumonia. Na gripe, geralmente a pessoa não consegue manter suas atividades normalmente”, detalha Robson.  
 
O infectologista desmente ainda a ideia de que a própria vacina pode deixar a pessoa doente. “É uma vacina extremamente segura, porque é feita de um vírus inativado, ou seja, ninguém adoece pela vacina. Não tem como a pessoa adoecer pela vacina”, finaliza o médico. 

A única informação espalhada que tem uma parcela de verdade é aquela que diz que alergicos a ovo não podem tomar a vacina. Ele explica que, na produção do medicamento, as partículas de vírus incluídas na vacina são cultivadas dentro do ovo. Por isso, pessoas com alergia severa ao alimento não devem ser imunizadas. Se a alergia for leve, no entanto, não há restrição.

TNH1