Após rebelião de presos Conjunto Penal retorna à normalidade. Por Wilson Novaes.

12/06/2010

A Juíza Substituta da Vara de Execuções Penais, Ailze Botelho Almeida Rodrigues e o Promotor Público, Luciano Borges, estarão na manhã desta segunda-feira (12) no Conjunto Penal de Jequié, analisando com a direção e internos da unidade, as reivindicações que levaram a uma rebelião durante seis horas, no domingo (11) quando 169 pessoas que visitavam seus parentes detentos, foram mantidas como reféns. Ironicamente, o movimento ocorreu em Jequié, cerca de 36 horas após a publicação no Diário Oficial do Estado, do novo Estatuto Penitenciário do Estado da Bahia. O conjunto penal de Jequié tem capacidade para acomodar 418 presos e tem no momento 796, dos quais, 400 são presos provisórios. A rebelião iniciada às 14 horas e encerrada por volta das 20 horas, não registrou fatos considerados de maior gravidade. Os presos se queixavam de deficiências no setor de assistência social e médica, demora na revista em dias de visitas, morosidade da Justiça e o não acompanhamento de grande número de processos. O Conjunto Penal de Jequié, tem presos originários de 28 municípios, incluindo Vitória da Conquista, onde a construção de um presídio foi iniciado e a obra permanece paralisada. No final, após a liberação dos reféns, os membros da Pastoral Carcerária, conseguiram o apoio da Prefeitura, fazendo o transporte das pessoas até o centro da cidade, de onde se dirigiram às suas casas.