Ano de 2013 termina e prefeitura de Jequié não instala Conselho M. de Cultura. Por Gidasio Silva.

01/01/2014

Não se pode dizer que a prefeitura de Jequié tem uma política contrária ao funcionamento dos Conselhos Municipais, pois a maioria deles está funcionando, alguns de forma precária, é bem verdade. Porém, o tratamento dado ao Conselho Municipal de Cultural, com interferência e desrespeito à eleição realizada democraticamente no mês de marco deste ano, é algo inexplicável e inaceitável para as pessoas de bom senso. Como o processo eleitoral foi realizado em conformidade com a lei, a prefeitura está cometendo uma ilegalidade. Diante desse impasse, os artistas já realizaram manifestações, encaminharam documentos à Câmara de vereadores e até participaram de audiência com integrantes do Executivo, como a acontecida com o secretário de relações institucionais neste segundo semestre, junto com os vereadores da base. No entanto, mesmo com as mobilizações e cobranças, a prefeita Tânia Britto (PP) não empossou os conselheiros eleitos, apesar do Ministério Público Estadual (MPE) ter feito esta recomendação, depois de atestar legalidade da eleição realizada. Sem temer as sanções, a prefeitura fechou o ano de 2013 sem o Conselho de Cultura, uma instância colegiada de fiscalização, mas que atua em parceria com o governo. Como cidade pólo do Território Médio Rio das Contas, Jequié realiza há anos o maior evento cultural aberto da região, o São João, durante duas semanas, com investimento que beira aos 3 milhões de reais. Portanto, não é uma cidade qualquer. Por isso, fica a pergunta no ar: por que a prefeitura não quer o conselho da cultura? Gidasio Silva – Blog Gicult / Foto: Blog Gicult