Ainda bem que existe o Sesc em Jequié. Por Lucas Ribeiro.
23/11/2012
Diante do atual estado de letargia do governo municipal, que nada ou quase nada tem feito em prol do desenvolvimento da cultura jequieense, vem se destacando na nossa cidade brilhantes projetos culturais promovidos pelo SESC. Sempre muito bem organizados e divulgados, com entrada livre ou cobrando preços módicos, os espetáculos produzidos por esta brilhante instituição tem proporcionado à população de Jequié oportunidades únicas de lazer e conhecimento.
Projetos itinerantes como o “Palco Giratório” e o “Sonora Brasil” – que já são reconhecidos como os mais importantes mecanismos de promoção e difusão da cultura brasileira – visitam Jequié frequentemente. Nomes como Turíbio Santos (violonista), Toninho Ferragutti (acordeonista) e João Omar (maestro) passaram por nossa cidade e encantaram grandes plateias. Espetáculos teatrais das mais diversas regiões do país, grupos de samba de roda, de benzedeiras e outros representantes da cultura popular também já se apresentaram na Cidade Sol.
Como se não bastasse, o SESC tem apoiado e promovido os projetos dos nossos artistas conterrâneos. Inúmeras são as exposições de artes plásticas, apresentações musicais, teatrais, lançamentos de livros e homenagens que já foram feitas a grandes personalidades de Jequié. Todas essas ações têm fortalecido e dinamizado a produção artística e cultural desta terra. Artistas, produtores independentes, entidades de classe e profissionais que atuam nos bastidores do setor, vem reconhecendo o valor dessas iniciativas e firmando algumas parcerias satisfatórias.
Além de tudo o que foi exposto acima é preciso frisar que o SESC – numa ótima demonstração de consciência social – possibilita o acesso das comunidades mais carentes a esses projetos. Centenas de estudantes da rede municipal e estadual de ensino tem tido a possibilidade de prestigiar grandes espetáculos sem precisar gastar um centavo. A instituição supracitada disponibiliza o transporte, o lanche e um profissional orientador. As escolas são comunicadas por meio de ofícios, e assim toda articulação é feita.
Esperamos que, no próximo ano, com um novo governo, a Secretaria Municipal de Cultura assuma suas responsabilidades e desenvolva um bom trabalho. Porém, por via das dúvidas, continuamos torcendo para que o SESC permaneça em ativa e nos salve, quando necessário, da inércia dos falsos gestores. Ainda bem que existe o SESC!
Lucas Ribeiro Novaes
Diretor Geral do GAPS – Grupo de Ação Psicossocial da Criança e do Adolescente.
Estudante de Psicologia do 9º Semestre.
Foto: Sonora Brasil na Catedral de Stº Antônio – Apresentação dos violonistas Daniel Wolfb (Porto Alegre/RS) e João Barros Borges (São Luiz-MA).