Ações em represaria à doença serão intensificadas em Jequié.
12/02/2008
As leishmanioses vitimaram ano passado sete pessoas na Bahia – estado que ocupa o terceiro lugar no país em números de casos da forma mais grave da doença. Quarenta e nove municípios são considerados prioritários para a leishmaniose visceral (conhecida como calazar), apesar de nos últimos cinco anos 51,7% das cidades baianas terem registrado algum caso. Com a ocorrência em áreas periféricas e rurais, a doença é associada à pobreza e integra o rol das enfermidades negligenciadas pelos laboratórios. O tratamento é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e consiste na aplicação de dolorosas injeções, com alto grau de toxicidade.
Existem dois tipos: a leishmaniose tegumentar, que provoca profundas feridas na pele e mucosa (nariz, boca), e a visceral, que causa febre, aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez. O protozoário que ataca o homem é transmitido pelos mosquitos chamados de asa branca e palha.
Na doença do tipo visceral, o inseto está adaptado à vida urbana e o principal reservatório do protozoário são animais domésticos, preferencialmente o cachorro. Mesmo com redução da quantidade de casos – foram 118 confirmados, as ações serão intensificadas em Jequié e Juazeiro, com dois ciclos de borrifação em 230 mil imóveis (nos 49 municípios prioritários) e coleta de sangue em 99 mil de cachorros. Considerada uma das dez doenças mais importantes pela Organização Mundial de Saúde, o tratamento dura em média 20 dias e chega a custar R$40 mil.
Fonte:
Mariana Rios
Correio da Bahia