A segunda gestão do Prefeito de Jequié está marcada pela desorganização.
07/04/2011
Luiz Amaral passa pelo seu pior momento à frente da Prefeitura Municipal de Jequié. Computados mais de 2 anos de governo (primeiro período administrativo – 1988-1992), este parece ser o seu momento de maior crivo perante a população jequieense. Mesmo que não tenha sido realizada uma pesquisa de campo por uma empresa competente, a rejeição do prefeito dentro do município é notável em diversas camadas da sociedade, estampada tanto na mídia local quanto nas cotidianas relações interpessoais dos munícipes.
O momento de pico foi motivado pelo Decreto 11.905, de 04 de abril de 2011, que exonerou um total de 212 ocupantes de Cargos Comissionados, podendo passar de 220 nos próximos dias. Dentre os exonerados, três secretários municipais. Sem dúvidas, um grande baque na estrutura de um governo.
Mas, o que foi essa “bomba” chamada 11.905?
Para a Prefeitura Municipal, foi um Programa de Ajustamento Econômico-Financeiro e Administrativo, adotando medidas para redução de despesas de pessoas nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo a mesma, precisa-se diminuir os gastos com pessoal sob pena de sofrer sanções.
E para os exonerados, uma injustiça! Como reprogramar uma estrutura econômico/financeira (naturalmente alterada desde que foi empregado), moldada ao menos numa base de quatro anos de governo e que de repente ruína em dois anos?
E finalmente, como se sente o povo jequieense em geral? Pela lógica, decepcionado! Como entender um governo municipal que foi repetidamente pautado, na sua promoção eleitoral, no então Plano Diretor, sempre com o intuito de mostrar-se uma gestão competente e acima de tudo, planejada. Planejada? Pode até ter sido, mas com certeza não foi cumprido o que estava no papel. É estarrecedor observar um erro de cálculo tão grosseiro, não foram dez ou até vinte comissionados exonerados, mas mais de duzentos. Na verdade, prefiro pensar que mesmo estarrecedor, foi um erro de cálculo.
Em recente entrevista à mídia, Luiz foi muito infeliz ao citar que a dispensa poderá ser temporária. Só fez confundir ainda mais a situação, já que se houver a recontratação aumentará novamente o limite máximo para contratações de pessoal e mais uma vez baterá de frente com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Vamos esperar mais capítulos dessa novela. Apesar de quase não se ter ibope provavelmente confirmará o roteiro previsto, até dezembro de 2012.
Dimas Lelis
Editor