A falta de controle culminou numa situação de extrema desorganização.
19/10/2007
Há alguns anos foi construído o Centro de Abastecimento Vicente Grilo, local onde centralizaria todo o comércio de produtos alimentícios, antes, vendidos no galpão do Mercado Municipal e ao seu redor. Quando inaugurou o Centro de Abastecimento pensávamos aliviados que todas aquelas barracas de lona preta não poluiria mais o centro da cidade, que finalmente estaríamos com uma cidade de aspecto organizado. Grande ilusão! Acontece atualmente em Jequié o oposto do que foi planejado, e pior, além dos arredores do antigo mercado ter aparecido barracas para a venda de vestuários, o comercio informal se estende por toda a cidade, por inúmeras ruas, num avanço completamente fora de controle.
Sabemos que o índice de desemprego no país é altíssimo, que estes informais buscam formas de driblar a escassez de trabalho. Mas, sabemos também, que existe o comércio formal, que pagam altíssimos impostos e ficam em desvantagem nesta concorrência desleal. Além do que, a organização na estrutura geográfica da cidade é fundamental para o correto funcionamento da sociedade. Vemos em alguns pontos a alocação de barracas nos passeios públicos, fazendo com que a população precise ir para a rua para transitar, e em outros, em que parte das ruas são tomadas, impossibilitando o estacionamento dos veículos e arriscando a própria vida destes comerciantes. É possível, num determinado centro da cidade, entre bancos, farmácias e outros comércios, comprar dos mais vários tipos de frutas... É verdade, a depender da sua necessidade, pode-se fazer uma pequena feirinha no centro de Jequié. Não estranharia a ninguém, já acostumado com a situação, se passasse e visse a venda de animais para o abate.
Não podemos deixar de falar da imprudência, também, de alguns comerciantes formais, já que utilizam o passeio e rua de frente ao seu estabelecimento para a promoção dos seus produtos. Se num dia normal em horário comercial já difícil estacionar o veículo e transitar pelos passeios, imagine então quando o principal acesso é ocupado.
Por algumas vezes ouviu-se boatos sobre a implantação de um grande mercado para abrigar todos estes informais, mas até agora nada. É preciso ação imediata, não apenas alusões a projetos para o futuro.
Até quando esta situação ficará sem controle? Esperamos que a resposta seja rápida e positiva.